Sucesso administrativo credencia Reinaldo Azambuja à vaga do Senado em 2026

A aprovação de 74,88% da população sul-mato-grossense ao encerrar os oito anos de mandato de governador, conforme pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Resultado (IPR) e pelo Correio do Estado, credencia o nome de Reinaldo Azambuja (PSDB) a disputar, nas eleições gerais de 2026, uma das duas vagas ao Senado Federal a que Mato Grosso do Sul terá direito.

Para o cientista político Tércio Albuquerque, considerando que ele está entregando o governo agora, e não tendo nenhuma oportunidade de mandato até 2026, porque não vai concorrer à Prefeitura de Campo Grande depois de ser governador, sobraria para Azambuja buscar o cargo de senador.

“Há, sem dúvida nenhuma, um credenciamento importante dessa pesquisa para que ele venha a disputar uma das duas vagas ao Senado. Porém, Reinaldo precisa manter esse porcentual de aprovação e, para isso, terá de continuar conhecido, circulando pelas cidades do interior e construindo uma aliança na Capital. Afinal, de agora até 2026, muita coisa pode se perder, em que pese o fato de o futuro governador Eduardo Riedel [PSDB] ser do grupo do atual governador”, reforçou Albuquerque.

O cientista político pontuou que Reinaldo Azambuja vai precisar fazer um trabalho incessante de agora até a eleição para o Senado para que não se perca o que fez à frente de Mato Grosso do Sul por dois mandatos, mantendo a boa aceitação para garantir uma das duas vagas que serão definidas no pleito de 2026.

“Não podemos esquecer que outros candidatos fortes vão aparecer para disputar essas duas vagas ao Senado, como, por exemplo, o ex-governador André Puccinelli [MDB] e até a própria Simone Tebet [MDB], que, apesar de ser a futura ministra do Planejamento e ter interesse em ser presidente da República, em uma possível dificuldade nesse projeto, pode optar por disputar uma vaga de senadora”, apontou.

Ele ressaltou também que o governador ainda terá a concorrência dos atuais ocupantes das vagas – senadores Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (União Brasil) – e dos demais candidatos que devem surgir.

“Por isso, Reinaldo Azambuja precisa consolidar o resultado dessa pesquisa para que seja o nome forte do PSDB para disputar uma das vagas ao Senado Federal daqui a quatro anos”, argumentou, ressaltando que o resultado da pesquisa é muito importante para o governador porque dá a ele uma visão de como está a sua aceitação, em que pese terem sido pesquisados os 15 maiores municípios de Mato Grosso do Sul.

Tércio Albuquerque acrescentou que o levantamento realizado pelo IPR/Correio do Estado também permite verificar como está a abrangência do nome de Reinaldo Azambuja no interior do Estado, pois, nos últimos tempos de seu mandato, ele incrementou a realização de obras nos 78 municípios.

“Em razão da divergência com a Prefeitura de Campo Grande, o porcentual menor de aprovação na Capital em relação às cidades do interior não é de se estranhar. Afinal, é notório o confronto direto do governador com o prefeito de Campo Grande, principalmente quando não estão no mesmo grupo político ou têm algum tipo de dissidência”, analisou.

O cientista político argumentou que o reflexo da gestão de Reinaldo Azambuja é muito maior no interior do que em Campo Grande, que é um colégio eleitoral bastante disputado. “Com obras ou não, as atividades do governo do Estado não aparecem tanto na Capital quanto nas cidades do interior de Mato Grosso do Sul. Por isso, sempre terá essa diferença”, justificou.

Vai pescar

Durante coletiva que realizou ao prestar contas de seu governo,  Reinaldo Azambuja agradeceu o alto porcentual de aprovação dos oito anos de seu mandato.

“Esses números são de todos nós, que nos dedicamos em construir um estado melhor para os sul-mato-grossenses. É o resultado do trabalho de toda a equipe, dos servidores. A população soube reconhecer que as nossas políticas públicas deram resultado”, comentou.

Reinaldo Azambuja recordou que foram oito anos em que, em alguns momentos, teve de enfrentar pautas difíceis, mas necessárias.

“Também enfrentei a intolerância de alguns, mas foi para construir o estado que mais cresce no Brasil, nota 10 em transparência e que tem os maiores programas sociais pós-pandemia da Covid-19”, pontuou.

Sobre o futuro após dois mandatos como governador de Mato Grosso do Sul, ele disse que já lhe deram vara de pescar, carretilha, caixa de pesca e isca artificial.

“Eu entendi o recado e vou pescar e curtir a família. Darei um tempo do trabalho na vida pública, após 26 anos. Estarei recolhido, fazendo as minhas atividades privadas e vou aproveitar para visitar amigos que não vejo há muito tempo. Além disso, continuo presidente estadual do PSDB e, sobre o futuro depois disso, ainda não defini”, garantiu.

A pesquisa

Pesquisa realizada pelo IPR/Correio do Estado, no período de 19 a 21 de dezembro de 2022, nos 15 maiores municípios de Mato Grosso do Sul, revelou que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) encerra os oito anos de mandato com aprovação de 74,88% da população sul-mato-grossense.

No caso dos 14 municípios do interior – Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, Corumbá, Naviraí, Aquidauana, Nova Andradina, Sidrolândia, Paranaíba, Maracaju, Coxim, Amambai, Rio Brilhante e São Gabriel do Oeste –, a aprovação é de 82,09%, enquanto em Campo Grande é de 67,66%.

Ainda conforme o levantamento IPR/Correio do Estado, apenas 22,14% das pessoas ouvidas desaprovaram os oito anos de mandato de Reinaldo Azambuja, enquanto 2,99% não sabiam ou não quiseram responder.

Na Capital, 28,85% desaprovaram e, nos 14 municípios do interior, 15,42%, enquanto 3,48% não sabiam ou não quiseram responder em Campo Grande e 2,49% não sabiam ou não quiseram responder no interior do Estado.

A pesquisa IPR/Correio do Estado também ouviu a população dos 15 municípios sobre como avaliavam os oito anos de gestão do governador: 43,04% dos entrevistados consideraram ótima ou boa, 38,81% consideraram regular, 9,45% ruim, 5,72% péssima e 2,99% não sabiam ou não quiseram responder.

Em Campo Grande, 34,83% dos entrevistados consideraram ótima ou boa, enquanto 37,81% avaliaram como regular, 15,92% como ruim, 7,96% como péssima e 3,48% não sabiam ou não quiseram responder.

Nos municípios de Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, Corumbá, Naviraí, Aquidauana, Nova Andradina, Sidrolândia, Paranaíba, Maracaju, Coxim, Amambai, Rio Brilhante e São Gabriel do Oeste, 51,24% consideraram como ótima ou boa, 39,80% avaliaram como regular, 2,99% como ruim, 3,48% como péssima e 2,49% não sabiam ou não quiseram responder.

O método utilizado na pesquisa foi a amostragem por conglomerados, e a margem de erro considerada é de 4,9 pontos porcentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Para tanto, foram entrevistadas 402 pessoas.

 

 

 

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