Simone conversa Vander sobre composição para o Senado em 2026

O deputado federal Vander Loubet (PT) poderá abrir mão de sair candidato a senador por seu partido nas eleições de 2026, caso a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, resolva disputar o cargo pelo MDB de Mato Grosso do Sul. A informação foi repassada ao Correio do Estado pelo presidente do PT em Campo Grande, Agamenon Rodrigues do Prado.

O deputado federal Vander Loubet e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet

Ele revelou à reportagem que, neste sábado, as principais lideranças da legenda do Estado terão uma reunião em Campo Grande para tratar dos rumos que a sigla vai tomar nos próximos dois anos em Mato Grosso do Sul, e um dos assuntos com certeza será a candidatura ou não de Vander ao Senado.

“O PT tem uma dívida muito grande com a ministra Simone Tebet, por tudo que ela fez pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, e, portanto, caso ela resolva sair candidata ao Senado pelo MDB do Estado, não teria como o partido ficar contra. O próprio Vander entende isso e estaria disposto a adiar o sonho de ser senador, saindo a deputado federal no próximo pleito”, declarou.

Agamenon do Prado completou que o objetivo do PT de Mato Grosso do Sul é ajudar na reeleição do presidente Lula em 2026 e, para isso, o foco estará em formar uma chapa competitiva para a Câmara dos Deputados.

“Hoje temos dois deputados federais. Além do Vander, temos a Camila Jara, mas queremos, se possível, dobrar esse número, para que, em uma eventual reeleição, o presidente Lula tenha uma base forte no Congresso Nacional”, argumentou.

Nesse sentido, completou o presidente municipal do PT, o deputado federal Vander Loubet, que tem muita força política no Estado, poderá buscar a reeleição para contribuir com o fortalecimento da base do presidente Lula na Câmara dos Deputados.

“Entretanto, essa possibilidade será apenas na eventualidade de a ministra Simone Tebet decidir sair candidata ao Senado”, assegurou.

PLENÁRIA

A plenária do PT será às 9h, na sede do partido, na Rua das Garças, nº 2.320, no Bairro Santa Fé, e contará com a participação de suas principais lideranças. A pauta da reunião será: avaliação das eleições municipais de 2024 em Campo Grande; estruturação de um bloco de oposição; constituição de uma assessoria, que está sendo denominada “governo paralelo”, que terá a função de oferecer à bancada de vereadores do PT uma resposta aos problemas da cidade; informações sobre o PED, que é o processo de eleição dos diretórios; e o início do debate sobre as eleições de 2026.

A prioridade será a reeleição do presidente Lula e de uma grande bancada para o Senado e a Câmara dos Deputados.

“Queremos priorizar a reeleição da nossa deputada federal Camila Jara, mas queremos ampliar a nossa presença no Congresso Nacional. Por isso, vamos conversar com o deputado federal Dagoberto Nogueira [PSDB] e com o ex-deputado federal Fábio Trad [PDT] para que eles possam estar no palanque do presidente Lula em 2026. Dagoberto e Fábio Trad sempre estiveram com o presidente Lula e são defensores ardorosos da democracia”, disse Agamenon do Prado.

OUTRO LADO

Procurado o deputado federal Vander Loubet para ouvir o posicionamento dele sobre o cenário revelado pelo presidente municipal do PT para 2026, e o parlamentar petista foi bem incisivo em dizer que a história não é bem assim.

“Minha posição é clara: sou pré-candidato a senador. Evidentemente, essa discussão sobre minha pré-candidatura vai começar de forma mais definitiva a partir de 2025. Vamos debater e discutir isso no PT”, disse Vander Loubet à reportagem.

O parlamentar petista completou que, se o cenário político for favorável e se tiver um espaço para uma candidatura mais ampla do PT, vai disputar uma das duas vagas ao Senado em 2026. “Do contrário, vou ser candidato a deputado federal”, assegurou.

Já a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse ao Correio do Estado que ainda falta muito tempo para as eleições gerais de 2026 e muita coisa ainda pode acontecer.

A prudência da ex-senadora do MDB de Mato Grosso do Sul faz sentido, afinal, ela é contada para ser a candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Lula.

Além disso, pesquisa nacional de intenções de votos divulgada na quinta-feira mostrou a ministra na quarta posição entre as principais opções para disputar a Presidência da República contra Lula em 2026.

Portanto, graças ao prestígio político nacional que a sul-mato-grossense adquiriu nos últimos três anos, dificilmente ela sairá candidata ao Senado pelo MDB do Estado, pois Simone está pronta para fazer voos mais ousados.

Sobre a possibilidade de o deputado federal Vander Loubet abrir mão da provável candidatura ao Senado em prol do nome da ministra, ela disse à reportagem que prefere não comentar.

“Não posso falar sobre o posicionamento de outro partido, ainda mais algo que ainda é uma hipótese, não tendo nada de oficial”, encerrou.

 

 

 

 

Fonte: Daniel Pedra

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