De acordo com Fávaro, o tempo para o arroz chegar ao mercado dependerá do país de origem, sendo que importações da Ásia podem demorar mais. Esta medida visa enfrentar as consequências das enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção de arroz no Brasil, e que resultaram em um aumento de 40% nos preços do produto em apenas 30 dias.
O ministro revelou que o governo suspendeu um leilão inicial de compra de arroz do Mercosul devido ao aumento dos preços pelos fornecedores. “Com quatro dias de leilão, o recurso disponível para comprar 100 mil toneladas só dava para adquirir 70 mil, 30% mais caro”, explicou Fávaro. Como resposta, o governo removeu o tributo de importação, abrindo o mercado para arroz de todo o mundo, inclusive da Tailândia.
Fávaro enfatizou que a importação não visa prejudicar os produtores nacionais, mas sim responder de forma holística às consequências da tragédia. “Com os estragos nas lavouras, os preços subiram drasticamente. Precisamos garantir a alimentação básica da população”, afirmou. Ele também criticou a especulação de preços em meio à crise e garantiu que a ação do governo é para estabilizar o mercado.
O ministro garantiu que não haverá racionamento ou controle sobre a quantidade de arroz disponível para compra nos mercados. “Se há especulação, mas o governo oferece um preço justo, o mercado naturalmente se ajustará”, disse Fávaro, ressaltando que a produção nacional de mais de 10,5 milhões de toneladas não será impactada significativamente pela importação de 300 mil toneladas.
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