O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou um expressivo investimento de R$ 7,3 bilhões no Fundo Clima entre abril e outubro deste ano, em um marco que fortalece o papel do Brasil na agenda ambiental global. Aprovado na 36ª reunião do Comitê Gestor do Fundo, o valor corresponde a 2,5 vezes o montante destinado ao fundo em toda a década anterior (2013 a 2023), reforçando o compromisso da instituição e do governo federal com a mitigação das mudanças climáticas.
Os recursos impulsionarão projetos estratégicos voltados à resiliência urbana e à transição energética, com destaque para a redução de combustíveis fósseis — uma das principais metas ambientais do Brasil. Entre as iniciativas, está a criação de combustíveis de aviação sustentável (SAF), área em que o país busca protagonismo, dada sua posição histórica como líder global em biocombustíveis. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou que o setor se encontra em expansão, com possibilidade de dobrar o orçamento do fundo em 2025.
Além da relevância ambiental, o investimento gera impacto econômico e social. Com o valor liberado neste ano, foram criados 15,2 mil empregos verdes, número que representa um crescimento de 20 vezes em relação ao ano anterior. A iniciativa promove ainda uma distribuição mais equitativa de investimentos, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde o valor destinado ao Nordeste, por exemplo, foi ampliado para R$ 1 bilhão, em comparação aos R$ 51 milhões de 2022.
Com a meta de aprovar R$ 10 bilhões até o fim de 2024, o Fundo Clima se consolida como uma peça essencial no plano de descarbonização do país, abrindo portas para novas tecnologias e modelos de economia sustentável que colocam o Brasil na linha de frente da luta contra a mudança climática.
Com inf da Ag. Brasil