Uma perícia apresentada em uma ação popular que tramita na Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Três Lagoas indica um superfaturamento de R$ 2,8 milhões em contrato emergencial da prefeitura de Três Lagoas, gestão de Ângelo Guerreiro, para o serviço de coleta de lixo.
Na ação, Vanderlei Amaro da Silva Junior questiona a contratação emergencial e o pagamento dos serviços. A perícia, assinada por Juarez Marques Alves, da JM Auditores e Peritos S/S, aponta superfaturamento de R$ 2.810.950,56.
“Entende-se que houve cobrança indevida (superfaturamento) na importância de R$ 2.810.950,56, conquanto para a mesma prestação dos serviços, pelo mesmo período – 180 dias (06 meses), a Empresa apresenta em abril/2019 Orçamento analítico na importância de R$ 4.406.617,02, tendo sido celebrado contrato emergencial em novembro/2017 no montante de R$ 7.217.567,58”.
No processo, Vanderlei Amaro questiona o contrato emergencial de 2017, que foi realizado depois que a licitação para prestação de serviços de coleta, transporte e disposição final de resíduos sólidos domiciliares e comerciais foi barrada pela Justiça. No entendimento do morador, a emergência foi fabricada.
Na ação, Vanderlei Amaro compara o contrato de 2017, de R$ 7,2 milhões, com o realizado dois anos depois, em 2019, de R$ 4,4 milhões, ambos para um serviço de seis meses. O comparativo resultou nesta diferença de R$ 2,8 milhões, segundo a perícia.
A empresa Financial já comandou a coleta de lixo em Campo Grande. Ela pertence ao Consórcio CG Solurb, que também é responsável pela coleta na Capital atualmente.
ims