Câmara de Maracaju dá posse a oito novos vereadores

Oito dos 13 vereadores da Câmara Municipal de Maracaju, afastados dos cargos por corrupção, na semana passada, foram substituídos por suplentes na manhã desta última terça-feira (8).

Os parlamentares, segundo investigação da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, recebiam propina para facilitar as aprovações de projetos criados pela prefeitura da cidade, no período de 2019 e 2020.

Pelos cálculos dos investigadores, num ano, cada um dos vereadores embolsaram em torno de R$ 160 mil.

Há indícios de que o esquema tenha causado prejuízo total de R$ 23 milhões aos cofres do município. O dinheiro desviado era movimentado numa conta bancária aberta de modo clandestino, ou seja, sem que as autoridades municipais soubessem da existência dela.

Além de facilitar na aprovação de projetos, os vereadores implicados na trama teriam deixado de fiscalizar as contas da prefeitura, uma das missões do legislativo municipal.

O caso tem sido investigado desde 2021 pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado, o Dracco, da Polícia Cívil de MS, que conduziu a operação “Dark Money” (dinheiro sujo).

Tomaram posse os suplentes: Vergínio da Silva (MDB), Odair Roberto Schwinn (Patriota), Daniel Ruiz (DEM), Célio Franco de Oliveira (MDB), Rudimar Oliveira Lautert (MDB), Maria das Graças Alves de Lima (MDB), Nelson José dos Santos (PSDB) e Rosane Jung (PSDB).

A convocação dos suplentes ocorreu justamente na última sessão do legislativo municipal, que aprovou a lei orçamentária do ano que vem. O município prevê arrecadar R$ 404 milhões em 2023. A cidade, que vive praticamente do agronegócio, tem em torno de 50 mil habitantes, e está localizada a 160 quilômetros de Campo Grande.

Os parlamentares afastados foram Jeferson Lopes (Patriota), Nenê da Vista Alegre (MDB), Catito (PSDB), Hélio Albarello (MDB), Laudo Sorrilha (PSDB), Robert Ziemann (PSDB), Nego do Povo (MDB) e Joãozinho Rocha (MDB).

Pela decisão judicial, os parlamentares que assumiram ficam com o mandato até o dia 5 de janeiro que vem. Uma nova ordem judicial deve ser anunciada e definir sobre os rumos dos investigados, se ficam, ou não, nos cargos.

 

 

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