Dirigentes do PSDB/MS buscam possíveis novos caminhos ao esfriar federação com Republicanos

O PSDB começa a ficar com os dias contados em Mato Grosso do Sul. O governador Eduardo Riedel (PSDB) e o ex-governador e presidente do partido, Reinaldo Azambuja (PSDB), apostavam em uma federação com o Republicanos, que acabou esfriando e pode ser decisiva para a saída das principais lideranças do partido.

Embora não diga oficialmente, a cúpula do PSDB em Mato Grosso do Sul já avisou o diretório nacional que a união com o Podemos não será suficiente para a permanência.

PSDB e Podemos nem oficializaram a união, mas Reinaldo e Riedel já sabem que o futuro no partido será difícil, mesmo com fusão/incorporação. Juntos, PSDB e Podemos terão 28 deputados federais, o que garantiria apenas a sétima maior bancada na Câmara.

Com 28 deputados, o Podemos/PSDB seria menor, por exemplo, do que o MDB, que elegeu 42 deputados federais. Esse número chamou a atenção do Republicanos, que hoje discute federação com o MDB. Eles chegariam a 83 deputados federais, garantindo a terceira maior bancada da Câmara Federal, atrás apenas da federação União/PP, com 106 deputados, e do PL, com 99 eleitos em 2022.

É o número de deputado federal, eleito em 2022, que define tempo de televisão e dinheiro público para campanha, o que faz os partidos pensarem muito bem antes de uma fusão ou federação.

A cúpula do PSDB no Estado já sabe que as conversas entre MDB e Republicanos estão bastante adiantadas e olham para frente e conversam com partidos aliados para definirem futuro. Uma das reuniões decisivas é a do próximo dia 21, com líderes nacionais do partido: Waldemar da Costa Neto e Rogério Marinho.

A reunião pode ser decisiva para acertar os ponteiros sobre a filiação de uma das lideranças ao partido. Para isso, querem a garantia de que terão a mesma liberdade de comando que têm hoje no PSDB, que levaram ao posto de maior partido do Estado.

Reinaldo e Riedel podem trocar de partido a qualquer momento, sem risco. Já os deputados do partido poderão trocar em caso de fusão. Já na incorporação, não poderiam. Neste caso, aguardariam até o próximo ano, quando terão janela partidária.

Os vereadores eleitos no partido, 256 no total, serão os únicos prejudicados. Eles não poderão sair em caso de incorporação e só poderão trocar de sigla em 2028.

 

 

 

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