Até 2028, Programa “MS Irriga” terá investimentos de R$ 38,8 milhões

O Programa Estadual de Irrigação “MS Irriga”, lançado durante evento na Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de MS), trouxe detalhes sobre a ampliação de 30% da agricultura irrigada no Estado. Conforme divulgado nesta terça-feira (23), o montante para a realização do plano de desenvolvimento, gira em torno dos R$ 38,8 milhões para os próximos quatro anos.

Segundo o secretário e titular da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, um dos grandes desafios para aumentar a produção com ferramentas tecnológicas para a irrigação é a falta de distribuição de energia elétrica em algumas propriedades rurais de Mato Grosso do Sul.

“O Estado não tem problema de oferta de energia, temos problemas com a distribuição dela. Cerca de 94% foi colocado em energia limpa e 6% em energia elétrica. Desse total, exportamos mais de 50%”, analisa.

Pela análise do secretário, um exemplo claro é o projeto implantando em Ribas do Rio Pardo, numa propriedade de cultivo de laranjas que abrange 5 mil hectares.

“O produtor vai ter fazer uma linha de quase 76 km de rede para energia e isso é um problema porque ele vai ter que arcar com metade do custo e a outra metade, por conta da concessionária. Então será um custo de R$ 12 milhões, ou seja, investimento grande, por não termos uma energia rural ativa no Estado”, explica.

Atualmente MS tem 320.304 hectares de agricultura irrigada, com aumento de 63% entre 2015 e 2024. Somente com pivôs centrais são 84 mil hectares (902 pivôs) em 53 municípios, irrigando principalmente soja, milho e pastagens. Um edital para fazer monitormanto de todas as áreas de MS em irrigação, será diviugado pela Semadesc nesta quarta-feira (24).

Autoridades do governo estadual e representantes do setor de produção em MS – Foto: Gerson Oliveira | Correio do Estado 

O projeto em uma fazenda de 5 mil hectares, consome em energia elétrica o equivalente a quatro cidades de 10 mil habitantes. Ainda conforme Verruck, o prazo para que os produtores façam as instalações no sistema de energia elétrica de é de 500 dias, seguindo as exigências da Aneel.

“Fizemos uma reunião com a concessionária de energia elétrica Energisa e representantes de outros setores nesta semana para tratar dos projetos de irrigação. Temos hoje muitos pivôs que funcionam a diesel e que muitas vezes não viabilizam o processo. Essa é uma discussão forte, esse proceso pode ser um entrave para a produção. Projeto de energhia chegou na propriedade, imdeaimetade será encaminhado à concessionária”, finaliza.

Investimentos para o setor

Somente em 2024, o financiamento para irrigação foi priorizado pelo FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste) e já foram assinados contratos na ordem de R$ 138 milhões.

Segundo o governo, a estimativa é que chegar a 4,7 milhões de hectares de área adicional irrigável sobre usos agropecuários no Estado. Deste montante 1,67 milhão de hectares podem ser intensificados com irrigação superficial em áreas de agricultura de sequeiro e 2,86 milhões de hectares de pastagens têm potencial de conversão para agricultura irrigada com água superficial.

O lançamento que contou com a presença do governador do Estado, Eduardo Riedel, foi feito pelo secretário da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação ) Jaime Verruck e apresentado pelo secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável Rogério Beretta.

O evento contou ainda teve presença do tesoureiro da Famasul, Frederico Stella, o secretário de Estado de Governo, Rodrigo Perez, representantes do Banco do Brasil, AGRAER, IAGRO, Imasul, autoridades, produtores rurais, pesquisadores da Fundção MS, Embrapa e universidades. Na oportunidade foi assinada a resolução que homologa o Programa Estadual de Irrigação (MS IRRIGA).

Segundo Eduardo Lima, sócio-fundador do Sindicato Rural de Nova Andradina, é necessário que o Estado reveja as alíquotas sobre algumas commodities agrícolas.

“Precisamos competir tanto no mercado interno, como também nacional, com a igualdade de condições dos nossos vizinhos de estado. Outro ponto importante é o fomento e o incentivo para a instalação de agroindustrias, para valorizar e fomentar a produção de alimentos e culturas como tomate, ervilha, milho, frutas e tantas outras culturas podem ser exploradas em ambientes irrigados, criando novas oportunidades econômicas e reduzindo a dependência de poucas fontes”, destaca.

 

 

 

fonte e foto: CorreiodoEstado

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