Fazenda em São Gabriel do Oeste que quadruplicou produção leiteira recebe visita demonstrativa

Os escritórios municipal e regional da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) de São Gabriel do Oeste organizaram uma visita demonstrativa em uma propriedade-modelo de bovinocultura leiteira. Trata-se da fazenda do pecuarista Flávio Guimarães, que após os trabalhos dos extensionistas, quadruplicou sua produção.

Participaram do evento um total de 45 pessoas, entre produtores e gestores ligados a agricultura das prefeituras de Costa Rica e Figueirão.

“Temos nessa propriedade uma unidade demonstrativa que serve exatamente para esse tipo de ação ligada à difusão de tecnologia. Mostramos como é feito o manejo do capim mombaça em sistema rotacionado intensivo sem irrigação, do capim jiggs em sistema rotacionado intensivo com irrigação e também os procedimentos na sala de ordenha, com demonstração dos cuidados pré e pós retirada do leite”, explica o coordenador regional da Agraer em São Gabriel do Oeste, Ivan Macena.

Segundo ele, outros eventos semelhantes já foram realizados nesta propriedade, atendendo as prefeituras de Bandeirantes, Sonora e Rio Negro.

Resultados

Flávio não se enquadra como agricultor familiar, mas como médio produtor. Contudo, o atendimento foi possibilitado por um convênio com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Ivan chefiou a equipe que atuou no local. Os resultados financeiros mal pagavam a mão de obra que o pecuarista contratava.

Segundo ele, nos meses com melhores resultados eram retirados 120 litros de leite por dia. Na estiagem, o volume caía pela metade.

“Ao chegarmos na fazenda Roselândia, eu e uma colega da unidade local da Agraer, notamos que Flávio estava descrente que poderia mudar a partir de técnicas de manejo com o próprio rebanho. A propriedade expressava esse sentimento”, conta o extensionista.

O primeiro passo foi identificar a disponibilidade de pasto para o gado leiteiro. É preciso tê-lo em quantidade e qualidade nutricional para fomentar a produtividade.

“Mudamos um pouco o manejo dos animais e fizemos comida tanto para o período das secas quanto das chuvas. Começamos com a cana-de-açúcar enquanto melhorávamos as pastagens, implementando um sistema rotacionado de capim-mombaça”, explica Ivan.

Quando essas primeiras ações foram colocadas em prática, os extensionistas iniciaram o plantio do capim panicum, que “tem valores nutricionais mais altos, embora seja um cultivar exigente em fertilidade”.

 

 

agraer

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *