Mato Grosso do Sul abateu mais de 1,3 milhão de novilhos precoces em 2023, o que representa 40% dos 3,5 milhões de bovinos abatidos no estado. Esse resultado é fruto do avanço tecnológico na pecuária local e do apoio do programa Precoce MS, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), que oferece bonificações aos pecuaristas pelo acabamento de carcaça e práticas sustentáveis no manejo dos animais.
O Precoce MS passou por uma reformulação em 2024, equilibrando os critérios de bonificação entre a qualidade da carne e as práticas produtivas sustentáveis, estimulando a adoção de tecnologias no campo. Desde a atualização, 657.224 animais foram abatidos em 26 frigoríficos, gerando R$ 43 milhões em incentivos aos pecuaristas.
O programa busca posicionar Mato Grosso do Sul como um modelo em qualidade de carne e processos produtivos no Brasil e no exterior, com destaque para mercados exigentes, como o europeu, onde a certificação é um requisito essencial.
Fórum Precoce MS reuniu 180 participantes para debater o aprimoramento do programa que passou por reformulações
Durante o Fórum Precoce MS, realizado em 23 de setembro, 180 responsáveis técnicos (RTs) debateram as novas regras e estratégias para aprimorar o programa. O evento foi organizado em parceria com a Associação dos Produtores de Novilho Precoce MS e trouxe à tona os avanços da pecuária no estado.
O secretário de Meio Ambiente, Jaime Verruck, destacou a modernização do programa como essencial para manter o ritmo de evolução da pecuária sul-mato-grossense. “Conseguimos reduzir o tempo médio de abate em 17 meses, mas nosso objetivo é continuar avançando, aprimorando o programa e modernizando a produção”, afirmou Verruck.
Rafael Gratão, presidente da Associação Novilho Precoce MS, enfatizou a importância do Precoce MS para a competitividade internacional da carne produzida no estado. “Esse programa nos permite atingir mercados que pagam mais, como o europeu, onde a certificação é fundamental”, disse Gratão.
Frederico Stella, diretor-tesoureiro do Sistema Famasul, alertou sobre a possibilidade de encerramento do programa em 2032, caso a reforma tributária não seja ajustada. Ele elogiou a credibilidade do Precoce MS e reforçou a necessidade de discutir alterações para garantir sua continuidade.
O Precoce MS reflete os avanços tecnológicos da pecuária de Mato Grosso do Sul, que, nos últimos anos, reduziu o tempo médio de abate e aumentou a qualidade da carne. O secretário Verruck destacou que o estado, mesmo perdendo 4 milhões de hectares de áreas de pastagem, aumentou a produção e a eficiência, reforçando a importância da pecuária no desenvolvimento econômico regional.
Desde o início do Precoce MS em 2017, mais de R$ 600 milhões foram repassados aos pecuaristas. A gestora do programa, Gladys Espindola, apresentou esses dados no fórum e ressaltou o impacto positivo para a pecuária estadual. Rogério Beretta, secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico-Sustentável, destacou a importância de eventos como o fórum para capacitar técnicos e produtores e promover a eficiência da produção em mais de 2.250 propriedades.
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